sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Criando e reciclando na #sextacriativa

Oi pessoal! Hoje é sextaaaa! Aliás... melhor do que isso: hoje é #sextacriativa. :)

Há tempos eu estava querendo fazer um alfineteiro pra mim, mas sabe como é, em casa de ferreiro o espeto é de pau... Eu até tenho alguns outros, mas queria eu mesma fazer, aquelas coisas que a gente coloca a cabeça e pronto...

Como já comentei, adoro acumular coisas, e sou apaixonada por latinhas/potinhos/caixinhas... E esses tempos comprei um daqueles molhos de queijo cheddar pra salgadinhos (sim, aqueles que engordam mas são uma delícia!) e não consegui jogar a latinha fora! Eu juro, foi mais forte que eu!


Semana passada, mexendo em uma gaveta, o potinho olhou pra mim, eu olhei pra ele... e decidi! É agora que vou finalmente fazer meu alfineteiro! A proposta era... usar o que eu tinha em casa (tá certo que eu tenho tanto cacareco material em casa que nem foi muito difícil).


Escolhi um tecidinho fofo, daqueles que a gente usa só em doses homeopáticas, e mãos a obra!

Cortei um círculo de papelão, um pouquinho menor que o diâmetro da tampinha do pote, recortei outro círculo em tecido com 2cm de diâmetro a mais que o anterior. Alinhavei as bordinhas como quem faz um fuxico, encaixei no círculo de papelão e enchi com fibra. Colei aquela fitinha com as bolotinhas brancas na tampa (aliás ganhei essa fitinha fofa da Ana, na compra que fiz na Tecidos e Crafts), usando a cola universal. Depois colei o fuxicão gordinho na tampa com cola de contato e deixei um tempo secando, como mostra a foto.




Para o corpo da latinha, medi direitinho e recortei um retângulo de tecido. Eu tinha um papel cola, daqueles que cola dos dois lados (um é colado com o ferro no tecido e o outro já é adesivo), pra patchcolagem, e usei ele pra colar o tecido na latinha. Mas dá pra usar cola branca tranquilamente. Enfeitei tudo com fitinhas coladas com cola universal e tcharaammm! Prontinhooo!


Fiz tudo no olhômetro de forma intuitiva! Assim que eu gosto, tentando a gente acerta e aprende muito mais!

Espero que tenham gostado!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Caderno de Bordado



Olá! :)

Já fiz um post aqui no blog sobre bordado, sobre uma casinha muito simples que bordei e fiquei toda faceira.

Estive no Festival Algodão Doce em junho e conheci o stand do Le Petit Atelier. Fiquei encantadíssima com os bordados tradicionais franceses e decidi, alguns dias depois, ligar, pedir informações e agendar uma aula.

O Atelier fica em Jurerê e é lindo demais, tem peças de bordado, tecidos, botões, agulhas, fios... As meninas, a Muriel, a Kelly (mãe e filha) e a Clarissa são uns amores e me senti muito bem recebida desde o primeiro momento.

Foi difícil escolher qual projeto eu executaria primeiro, mas optei por este Caderno de Bordado, pois tem muitos pontos e eu teria a oportunidade de aprender todos eles e ficar com uma espécie de catálogo para futuras consultas. Este caderno faz parte de uma coleção de Kits criados por uma francesa, da marca Un Chat Dans L´Aiguille. Todo o material acompanha o kit, o risco do bordado é feito com uma tinta rosa no linho, que sai facilmente quando lavado. Os nomes dos pontos, em preto, permanecem. Todo o passo-a-passo é escrito em francês, mas é tudo muito didático, impossível não compreender. A Kelly e Muriel são muito pacientes e explicam quantas vezes for necessário! E eu até aprendi umas palavrinhas em francês!


Dei um tempinho nas aulas em decorrência dos últimos acontecimentos, mas já comecei um novo kit e logo estarei voltando. Quando terminar, mostro fotos a vocês.

Seguem as fotos do meu Caderno aberto.






Bordar é uma delícia, gosto mais a cada dia! Enquanto bordo, meu pensamento voa! E, quanto mais pratico, mais bonitos e uniformes vão ficando os pontos. Estou ainda aprendendo, mas a cada dia mais encantada com a arte de bordar!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Uma pequena homenagem ao meu avô querido


Sábado, dia 06 de agosto, recebemos uma notícia triste. Assim que acabamos de almoçar, minha mãe ligou, dizendo que meu avô havia falecido. Senti um misto de sentimentos, certo alívio (porque sabia que aquela agonia de 14 dias de UTI e muito sofrimento havia acabado) e uma tristeza profunda por imaginar que não chegaria em sua casa e o veria pela janela, sentadinho em frente a TV, sorrindo feliz com nossa visita. Também imaginava minha avó, sofrendo sem a companhia do seu eterno namorado, 64 anos de uma vida a dois, cheia de conquistas e companheirismo. Pensava também na minha mãe, meus tios e toda a família, vamos sentir uma imensa saudade. E confesso, pensei no meu casamento, como eu gostaria que ele me visse entrar na Igreja Nossa Senhora de Fátima (de quem ele era devoto) e levasse as alianças junto com minhas avós, como tínhamos combinado.

Ainda assim, pensando em tantas coisas, não consegui chorar, estava ainda assimilando a notícia. Peguei minhas coisas e fomos até o hospital, eu, meu pai e o Fernando. Encontramos minha mãe muito abatida, a abraçamos forte e fomos com ela até a casa dos meus avós.

Chegando lá desabei, olhando para cada pedaço daquela casa, onde ele nasceu e de onde nunca quis sair, durante seus 92 anos. Seu carro na garagem, impecável. Lembrei das muitas buzinas sempre que ele chegava lá em casa, de todas as vezes em que ele me buscou na escola, sempre orgulhoso e muito disposto. Olhei para o chalé, a casa em que morei até meus 10 anos, cuidado sempre com tanto zelo, com tanto amor. Olhei o quintal, as árvores das frutas que colhi, a pitangueira que ele adorava, cheia de flores. As plantas, as flores, tudo arrumadinho, tudo sempre muito bem cuidado. Sentei na pedra em que tanto brinquei quando criança e chorei.

Entrando na casa dele, lembrei da vez que chegamos lá, recentemente, e o vimos em cima de uma escada, pendurando as luzes de Natal. Lembrei das vezes em que ele veio abrir a porta, ou que estava metodicamente limpando ou arrumando algo ou tomando seu aperitivo diário, antes do almoço, sempre bem alinhado e cheiroso. Olhei a pia da cozinha e lembrei-me dele, dizendo para não lavarmos a louça, porque ele gostava de fazê-lo. Ou das vezes em que terminei de secar a pia e ele veio novamente, secar tudo de novo, para ficar impecável. Vi o cuco na parede, vi a mesa do almoço. Lembrei das tantas vezes que almoçamos juntos, do seu prato colorido e saudável, do seu respeito à hora das refeições.

Vi a sala de TV, seu lugarzinho predileto no sofá, sua cachorrinha aguardando que ele retornasse. Suas prateleiras com as fotos dos filhos e netos formandos, quanto orgulho ele tinha! Esperei anos pra ter minha foto ali e como fico feliz em ter dado tempo! Seu escritório, sua organização, ali ninguém podia mexer. A mesa com seus documentos, com fotos e reportagens de jornal, suas apostas da Mega Sena. A sala de jantar com mais fotos, a sala de estar onde todo Natal havia presentes e mais presentes empilhados sob o sofá, ninguém ficava sem, ele e minha avó entregavam um por um com tanto carinho.

Brinquei tanto naquela casa, ouvi tantas histórias, recebi tanto carinho. Eu nunca soube demonstrar muito meus sentimentos, mas sei que ele sabe o quanto eu o amo, lá do lugar lindo onde ele está.

Não há revolta, pois Deus não nos tirou nada. Ele nos deu a graça de conviver com uma pessoa especial. Concedeu 92 anos de vida plena ao meu avô e me presenteou com 25 anos de convivência com ele. Nosso Vô Zuzu não se foi, ele está aqui a cada vez que pensamos nele, a cada frase dele que repetimos, a cada pequena lembrança que surge em nossa memória, a cada sorriso nosso.

A despedida foi bonita, muitas flores, homenagens, muita gente triste, sentindo por não termos mais a presença física dele conosco. Mas havia uma leveza no ar, uma certeza de que sua vida foi plena e feliz. Ele estava com o terno que havia escolhido para ir ao meu casamento, lindo e de bom gosto, como ele sempre foi.

Vôzinho, fique tranqüilo, pois aqui continuaremos repetindo tudo aquilo que nos ensinaste, sempre com muito JU-Í-ZO! E aí de cima, continue olhando por nós. Teu “broto” e toda esta família linda que construíste sentirão imensamente tua falta.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Diário de uma Costureira! Parte II - Minha Infância Craft




Aqui na casa dos meus pais ainda há muitas coisas minhas. As tenho como pequenas preciosidades, relíquias que devem ser guardadas em um local seguro. São coisas que eu não levaria comigo, enquanto estudante universitária e que talvez também não leve para meu futuro apartamento, pois não há muito espaço que possa ser ocupado com coisas "desnecessárias".

Sim, eu sou uma acumuladora. Não me considero materialista, não ligo para roupas de marca ou carros do ano, mas estabeleço valores sentimentais com muitas coisas. As roupinhas de bebê bordadas pelas minhas avós, minha caixa de adesivos que coleciono desde a primeira série, minha primeira boneca (a Juliana, que era maior que eu!) e assim por diante.

Fui uma criança muito calma, não subia em árvores, não aprendi a andar de bicicleta e quase não ralava os joelhos, mas tive uma infância muito feliz! Brinquei muito no quintal, comi muitas frutas fresquinhas colhidas do pé... Goiaba, pitanga, araçá! Quanta coisa boa! Cresci perto dos meus avós maternos, na casa deles recortei muito papel, fiz muita sujeira, ajudei a enrolar docinhos, a fazer cuca... Minha avó paterna sempre gostou de artesanato e a cada visita nas férias de julho eu aprendia algo novo com ela e com minhas tias. Aliás, ela quem me deu meu braço direito, minha atual máquina de costura! Fui também à Escolinha de Artes Infantis, na Casa da Cultura da minha cidade. E como eu adorava! Argila, tinta, nanquim, giz de cera! Sempre gostei de aprender, de entender como as coisas são feitas, de saber o porquê!

Eis que semana passada, olhando tantas coisas antigas, encontrei algumas que nem me lembrava direito. Minha primeira máquina de costura, meu tearzinho e minha maquininha de tricô! Confesso que passei uma tarde revivendo cada um deles, lembrando como funcionavam, experimentando novamente e revivendo minha infância feliz!

A máquina de tricô é muito bacana, tem um mecanismo relativamente complexo e continua funcionando perfeitamente. Faz apenas malhas pequenas, mas de tricô aberto e fechado. E ainda tem uma pecinha para fazer pom-pom! Pelo que vi na caixa, é de 1992, eu tinha 7 anos!


O tear é apenas uma estrutura, vem com o pente (que se perdeu com o tempo) e as lançadeiras, é meio complicado não deixar o fio escapar, lembro que nunca consegui fazer nada de muito bonito com ele. Mas brinquei muito e tentei muitas vezes!


Minha mãe, olhando para os brinquedos, perguntou: - Será que nós te influenciamos? Eu acredito que eles me estimularam e sempre me deram força, me motivando a fazer aquilo que amo! Foi uma delícia reviver minha infância, vou guardar esses brinquedos para meus filhos com todo carinho, quem sabe eles gostem tanto quanto eu! :)